quarta-feira, 25 de maio de 2011

Indicações de Leitura

Abrindo o espaço

CAP 07: A terminologia da EAD


O capítulo 7, através das palavras de Marcos Formiga, pode ser concebido sob três pontos constitutivos: 1) a função e a perspectiva cognitiva da EAD na sociedade da informação; 2) as dificuldades de utilização da EAD frente a sua estruturação e operacionalidade; 3) a necessidade de atualização do professor e de criação “e-termos” na utilização da EAD.

A reflexão inicial do autor recai sobre a necessidade premente de se pensar em educação numa perspectiva mais ampla que a comumente usada, ou seja, pensá-la como um processo aberto, amplo, em constante inovação e livre de espaço, tempo e modos preconcebidos, posto que tal perspectiva está endossada pela idéia de inerência humana na realidade do aprender. Assim sendo, a EAD encontra nessa perspectiva o seu lugar comum, funcionando como um meio eficaz de responder às exigências das práticas sociais vigentes via utilização das TICs. A EAD, portanto, tem na sociedade da informação e do conhecimento, no século XXI, a função precípua de transformar as formas de ensinar / aprender por um redirecionamento das estruturas cognitivas no fazer, compreender, utilizar e criar os conhecimentos advindos das diversas áreas cientificas, por intermédio de instrumentos e métodos singulares, a exemplo da televisão, do rádio, da Internet, em síntese, das TICs.

A partir dessa constatação reflexiva, o autor anuncia a problemática que envolve a EAD, qual seja a questão terminológica. Atrelada às TICs, enquanto seu meio de passagem, a EAD consubstancia-se de terminologias específicas que podem vir a causar e causam dificuldades de acesso e / ou entendimento aos que nela se iniciam. Isto porque, por um lado, a EAD tem seu nascedouro e liderança na Open University, cuja produção constante e continua ecoa pelo inglês britânico, e por outro, por seu uso crescente das TICs, e assim sendo, utilizar-se das terminologias específicas desses instrumentos. Fatos esses que, segundo Formiga, impactam a EAD devido à lacuna existente na formação do professor, bem como do aluno perante o conhecimento e / ou familiaridade com tais fatos.

Dessa forma, a EAD ou aprendizagem flexível apresenta-se na sociedade da informação como um desafio, seja para o professor, seja para os estudiosos da área. Para o professor este desafio desenha-se como a necessidade de atualização da sua carga formativa de uma maneira aberta e constante, já que a única certeza da EAD é a transitoriedade. Para os estudiosos, apresenta-se como uma necessidade de associação com estudiosos da área da linguagem como uma medida descentralizadora da linguagem específica para facultar o entendimento das terminologias que são emblemáticas da EAD, tendo em vista os motivos já anunciados.

As palavras de Marcos Formiga são reflexivas, porém sinalizam para uma perspectiva de urgência na formação daqueles que estarão ou devem estar envolvidos na EAD. Pensar em EAD é pensar na época atual consubstanciada pela tecnologia, bem como na presença da EAD na sociedade desde a década de 30, um tempo considerável para que ainda a concebamos como educação do futuro e ainda permaneçamos estáticos encarando-a como algo que pode vir a ser. Se a EAD é o reflexo da época atual devido às suas significativas ocorrências, ela também referencia a possibilidades de mudança de um quadro caótico, porque deficiente, da educação. Razão pela qual precisa ser tomada como prioridade na formação dos que fazem educação.